Jux Adventures

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 3 - França again

Ventos do norte...

Dia 26.09.07 - Rouen - Casa do Silvain

Dia de pequena viagem. Eu vim para Rouen só porque estava vendo um filme (estou há horas tentando lembrar qual) e apareceu uma paisagem SINISTRA na França. Pesquisando, com a ajuda do meu personal french guy, descobri que era a cidade de Etretat, no litoral da Normandia, norte da França. Qual não foi minha surpresa ao des
cobrir que o maior fã da mãe do Lucien morava na capital da Normandia, a apenas 1h e meia desta cidade! Qual não foi minha alegria ao saber que ele tinha aceitado me abrigar pelo tempo que fosse! Uhu! Qual não foi a extensão do meu infarto ao saber que não tinha ônibus ou trem de rouen pra Etretat! Uhu! Claro que deve ter, eu que sou uma analfabeta em francês e não quiseram de dizer, de pirraça ou castigo.
De qualquer maneira, fiquei desolada... Fui pra lá, pra essa cidade interessantííííssima que é Rouen, só pra ir pra Etretat e descubro que tenho que pegar um zilhão de meios de transporte pra chegar lá. "Conversando" com o Silvain (lembrando que ele nao fala português ou inglês), acabei descobrindo uma cidade que ele dizia ser mais bonita que Etretat. Fècamp. Bom, pra não perder a perna da viagem, vamos pra Fècamp! Mas, ó que surpresa, também não tinha ônibus! A moça da empresa devia estar me zoando, todo dia eu ia lá perguntar se tinha ônibus pra um lugar diferente...
Cheguei em Fècamp, de trem, na hora do almoço e ainda meio perdida. O Silvain tinha me dado uma dica de ir na fábrica do Benedictine, um licor de especiarias, lá dos idos dó século XVI. Cheguei na porta, muito interessante, bonito, mas tinha que pagar pra entrar. Pensei: ah, cidade cheia de atrativos naturais... se eu achar tudo muito chato, volto aqui e bebo um licorzinho dos frades beneditinos.
Fui então andando em direção à praia.















Essas fotos, claro, não traduzem o cenário... Lá era demais! O Monet pintou esse lado esquerdo da praia também... Esse cara estava em todas... Andei pelas pedras um pouco, ao pé da falésia (algo que um cartaz dizia bem grande pra não fazer), catei umas pedrinhas pra minha minha mãe e comecei a voltar pra praia.
cartazTinha uma cachoerinha caindo da falésia na praia, tudo muito bonito mesmo. E lá tinha um dizendo que aquela falésia (na foto à direita) era a mais alta da Normandia. Lógico que eu tinha que subir! O problema era que eu não tinha visto como atravessar para o outro lado do rio (que desembocava ali entre os faróis verde e vermelho). Conforme fui chegando no tal rio, fui sentindo que o clima... estava começando a ficar desfavorável. Durante a caminhada fiquei olhando pro horizonte, imaginando que do outro lado daquela água toda estava a Islândia, Finlândia, Noruega... E que esse vento que estava vindo de lá só podia trazer tempo ruim! Eu não estava errada. Quase chegando ao canal, vi a nuvem de chuva. continuei esperançosa e caminhando. Claro que, ao chegar no ponto mais descoberto e onde eu tinha que correr mais pra procurar abrigo, começou a chover. Tive que voltar.. Mas estava no mar, entãor por essa pontezinha sinistra de madeirinha, na chuva e no vento... Foi emocionante... Mais ainda pensar que meu laptop poderia estar todo molhado, bem como minha câmera...

No fim, eu estava molhada, dentro de uma área proibida para estranhos na marina da cidade e tive que voltar pro centro pra atravessar o rio, porque por ali não dava...
Felizmente parou de chover rápido, o céu clareou e consegui atravessar. Tinha uma trilha para subir a falésia, não hesitei. Lá em cima descobri que tinha muito mais falésias e coisas interessantes causadas pela erosão, mas nisso já era quase 5 horas, eu tinha que voltar senão perderia o ônibus... Mas deu tempo de conhecer o exterior da Igreja e ver a vista sensacional.


Lá em cima da falésia tinha essa igreja, Capela de Notre Dame de Salut, construída no século XI (éééé, século NOVEEE) pelo Conde da Normandia, em agradecimento por ter sido salvo de um naufrágio. Com as guerras religiosas, lá nos idos de 1700, ela era alvo de ataques, mas o rei mandou pararem porque os navios usavam a igrejinha como ponto de referência em alto-mar. E hoje o que resta dela são ruínas e, claro, fizeram um puxadinho pra construir um restaurante.



No alto da Igreja fica esta imagem de Nossa Senhora. Como eu estava sozinha lá em cima, naquele tempo cinza e ruínas milenares, correu um certo frio na espinha ao ver aquela imagem dourada olhando direto pra mim. O vitral estava em uma das laterais da igreja, não dá pra ver direito, mas é uma mulher vestida em panos esvoaçantes e cabelos também soltos ao vento. Achei aquilo muito não-medieval, parece bastante influência pagã. Abaixo do vitral, tinha pedras em que os peregrinos de muito antigamente gravavam seus nomes ou deixavam oferendas, muito como nas igrejas de hoje em dia, em que as pessoas fazem os pedidos e depois deixam pernas, braços de parafina, para agradecer suas curas.
Acabei tendo que descer correndo... Mas como viciada doente que eu sou... o ônibus estava aguardando o horário de partida ao lado do McDonalds. No McDonalds, aqui, tem wifi (internet sem fio). Que fiz eu? Abri o laptop lá no fundão do ônibus, que era mais perto do Mc, e fui eu navegar uns minutinhos na net... hehehe

posted by Jux at 11:41

1 Comments:

Pronto, comentei. Só não posso garantir que li tudo!

1 de dezembro de 2007 às 06:07  

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