Jux Adventures
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 4 - Amsterdam
Redenção...
Dia 28.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel
Enfim a cidade se redime... Hoje eu já estava gostando de Amsterdam e reclamando que eu ia ter que ir embora, sem nem conhecer nada por aqui... Foi um dia legal, conheci uns australianos (através do doido que tinha comido cogumelos ontem), ficamos conversando no pub que tem no Hostel, eles são muito engraçados. Acabei os convencendo a ir dar um passeio pelo Red Light District. Cara... É impressionante. Eu fiquei me perguntando depois se tinha algo de muito diferente de andar na orla de Copa ou na Glória, à noite. Mas imagina que no Rio você vê os carros com vidro fumê se aproximando das garotas, abaixam um pouco o vidro, elas entram e partem para um lugar mais reservado... Em Amsterdam, as garotas ficam em vitrines. É, janelas enormes de vidro. Ali elas se exibem, ficam chamando a atenção dos homens que passam, normalmente estão de lingerie ou biquíni, com suas caras sensuais, ou tentativas de. Se a mulher agradar o cara, ele olha pra ela, que abre a porta, o cara entra, ela fecha a cortina e pronto. Assim, na cara de quem estiver por ali. Os caras que quiserem contratar os serviços podem ter tudo, menos privacidade na hora da contratação. E é esquisitíssimo ver as mulheres todas em vitrines, tentando desesperadamente chamar a atenção. É uma janela do lado da outra e ruas inteiras de janelas. É realmente uma sensação esquisita, eu ficava com vergonha pelas mulheres. No começo, eu não tinha coragem de olhar pras janelas. Sei lá, não queria que elas me olhassem de volta, não queria ser causadora da vergonha delas, entendem? É como se eu, olhando, estivesse contribuindo pra degradação das mulheres. Mas depois pensei: elas estão aí, na vitrine, estão aí pra isso. Pra serem olhadas, avaliadas e alugadas. Então foi isso que comecei a fazer. Olhar pras mercadorias ali expostas. Mas não dá... Não consigo acreditar que elas estejam ali, se expondo daquela maneira, por gostarem do serviço. Fico pensando quais necessidades as motivam pra estarem ali e não consigo achar nenhuma que me impeça de ficar com pena das mulheres. Ainda mais que tem umas horrorosas, que devem estar desesperadas porque ninguém as contrata, essas aí têm as abordagens mais agressivas, batem no vidro pra chamar a atenção, ficam com as portas entreabertas pra chamar os caras... Gente, é selvagem.
Achei muito legal ver isso. No Rio as oportunidades de pensar nesse assunto sao raras, a gente sempre finge que não vê.
Dia 28.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel
Enfim a cidade se redime... Hoje eu já estava gostando de Amsterdam e reclamando que eu ia ter que ir embora, sem nem conhecer nada por aqui... Foi um dia legal, conheci uns australianos (através do doido que tinha comido cogumelos ontem), ficamos conversando no pub que tem no Hostel, eles são muito engraçados. Acabei os convencendo a ir dar um passeio pelo Red Light District. Cara... É impressionante. Eu fiquei me perguntando depois se tinha algo de muito diferente de andar na orla de Copa ou na Glória, à noite. Mas imagina que no Rio você vê os carros com vidro fumê se aproximando das garotas, abaixam um pouco o vidro, elas entram e partem para um lugar mais reservado... Em Amsterdam, as garotas ficam em vitrines. É, janelas enormes de vidro. Ali elas se exibem, ficam chamando a atenção dos homens que passam, normalmente estão de lingerie ou biquíni, com suas caras sensuais, ou tentativas de. Se a mulher agradar o cara, ele olha pra ela, que abre a porta, o cara entra, ela fecha a cortina e pronto. Assim, na cara de quem estiver por ali. Os caras que quiserem contratar os serviços podem ter tudo, menos privacidade na hora da contratação. E é esquisitíssimo ver as mulheres todas em vitrines, tentando desesperadamente chamar a atenção. É uma janela do lado da outra e ruas inteiras de janelas. É realmente uma sensação esquisita, eu ficava com vergonha pelas mulheres. No começo, eu não tinha coragem de olhar pras janelas. Sei lá, não queria que elas me olhassem de volta, não queria ser causadora da vergonha delas, entendem? É como se eu, olhando, estivesse contribuindo pra degradação das mulheres. Mas depois pensei: elas estão aí, na vitrine, estão aí pra isso. Pra serem olhadas, avaliadas e alugadas. Então foi isso que comecei a fazer. Olhar pras mercadorias ali expostas. Mas não dá... Não consigo acreditar que elas estejam ali, se expondo daquela maneira, por gostarem do serviço. Fico pensando quais necessidades as motivam pra estarem ali e não consigo achar nenhuma que me impeça de ficar com pena das mulheres. Ainda mais que tem umas horrorosas, que devem estar desesperadas porque ninguém as contrata, essas aí têm as abordagens mais agressivas, batem no vidro pra chamar a atenção, ficam com as portas entreabertas pra chamar os caras... Gente, é selvagem.
Achei muito legal ver isso. No Rio as oportunidades de pensar nesse assunto sao raras, a gente sempre finge que não vê.
posted by Jux at 15:27
2 Comments:
Tudo em amsterdam (pra quem tá vendo de fora) parece meio despido de falsos pudores, né...por isso dessa coisa de experimentar esses sentimentos perturbadores...
tá ótemo seu diário de bordo...altamente acompanhável...
Ah, eu queeeero conhecer Rouen!!!!
só na putanagem, neh? haha
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