Jux Adventures

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 4 - Amsterdam

Quando eu pensei que a emoção tivesse acabado...

Dia 29.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel

Ela realmente acabou! haha
Hoje passei grande parte do dia falando com o namorado no computador. :P Andei um pouco pela cidade, mas só depois que o australiano doidão desistiu de me esperar. Eu estava no computador, na webcam com o Lucien, e o cara do lado, perguntando se eu não ia andar pela cidade, se eu não queria passear, se eu não queria ir num sex-show... E eu, ah, vou não, vou andar só mais tarde, blablabla... Por fim, ele se foi e eu também. Fiz o check out, meu trem para a Alemanha só sairia de noite, então fui procurar o adesivo de Amsterdam pra colar no meu laptop, ver se tinha algo da cidade que eu não tinha visto (tinha o museu de Van Gogh, mas descobri que era do outro lado da cidade, eu tinha que pegar trem e não estava com vontade de dar calote). Fui então seguindo minhas pernas.
Acabei chegando na Rembrandtplatz, que não precisa ser nenhum gênio para descobrir que é uma homenagem ao... Rembrandt. >_< Tem uma estátua dele enorme, qualquer um deduziria hehe. Mas parando com as zoações, tinha uma coisa lá MUITO legal. Os holandeses montaram, com estátuas, o mise-en-cene de um dos quadros do Rembrandt, The Nightwatch. Estátuas em tamanho natural. Muito legal, porque é no meio da praça e você pode andar pelas estátuas, ver detalhes, eles recompuseram o que o Rembrandt retratou no quadro. Dêem uma olhada na foto e no quadro. Eu fiquei lá um tempinho comparando, eles botaram do lado um painel com o quadro, pras pessoas se situarem. Muito legal. O projeto era de 2 russos e levou 6 anos pra ser concluído! O quadro, por sua vez, ficou pronto em 1642! Foi um serviço contratado pela associação dos rifles de Amsterdam (!), para decorar uma sala nova do clubinho dele. E tirando os dois em destaque (que eram os contratadores do serviço) e o cara segurando a bandeira (que era parte da associação), todos os outros eram comerciantes que pagaram um extra pra aparecer no quadro. Ou seja, o Rembrandt não era bobo e papagaio de pirata existe desde antes da fotografia hehe

Depois desse banho de cultura, só me restava pegar o trem para Köln. Finalmente eu estava chegando na Alemanha, coisa que eu tinha pensado desde, sei lá, 14 anos... Fiquei viajando no trem, pensando no que aquilo significava... Foi difícil refletir, porque tinha um distinto cidadão alemão cheirando a cerveja, um tanto quanto bêbado, brincando com uma criancinha que estava também no vagão. Fiquei pensando que aquilo deveria significar algo... Um velho peão de obras bêbado enquanto eu cruzo a fronteira para a Alemanha... Preferi não pensar muito!

Chegando em Köln, mais um episódio da série: "Adoro esperar na estação!" Fiquei lá por... 4 horas ou mais, esperando o trem que viria para Freiburg. Melhor ainda, não consegui dormir no trem, porque eu, a esperta-mor, comprei uma viagem que durasse a noite toda. Mas simplesmente não pensei no número de baldeações que aquela viagem de duração gigante ia ter. Foram 3. Mas consegui chegar inteira em Freiburg, pronta para o resto da aventura...
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 4 - Amsterdam

Redenção...

Dia 28.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel

Enfim a cidade se redime... Hoje eu já estava gostando de Amsterdam e reclamando que eu ia ter que ir embora, sem nem conhecer nada por aqui... Foi um dia legal, conheci uns australianos (através do doido que tinha comido cogumelos ontem), ficamos conversando no pub que tem no Hostel, eles são muito engraçados. Acabei os convencendo a ir dar um passeio pelo Red Light District. Cara... É impressionante. Eu fiquei me perguntando depois se tinha algo de muito diferente de andar na orla de Copa ou na Glória, à noite. Mas imagina que no Rio você vê os carros com vidro fumê se aproximando das garotas, abaixam um pouco o vidro, elas entram e partem para um lugar mais reservado... Em Amsterdam, as garotas ficam em vitrines. É, janelas enormes de vidro. Ali elas se exibem, ficam chamando a atenção dos homens que passam, normalmente estão de lingerie ou biquíni, com suas caras sensuais, ou tentativas de. Se a mulher agradar o cara, ele olha pra ela, que abre a porta, o cara entra, ela fecha a cortina e pronto. Assim, na cara de quem estiver por ali. Os caras que quiserem contratar os serviços podem ter tudo, menos privacidade na hora da contratação. E é esquisitíssimo ver as mulheres todas em vitrines, tentando desesperadamente chamar a atenção. É uma janela do lado da outra e ruas inteiras de janelas. É realmente uma sensação esquisita, eu ficava com vergonha pelas mulheres. No começo, eu não tinha coragem de olhar pras janelas. Sei lá, não queria que elas me olhassem de volta, não queria ser causadora da vergonha delas, entendem? É como se eu, olhando, estivesse contribuindo pra degradação das mulheres. Mas depois pensei: elas estão aí, na vitrine, estão aí pra isso. Pra serem olhadas, avaliadas e alugadas. Então foi isso que comecei a fazer. Olhar pras mercadorias ali expostas. Mas não dá... Não consigo acreditar que elas estejam ali, se expondo daquela maneira, por gostarem do serviço. Fico pensando quais necessidades as motivam pra estarem ali e não consigo achar nenhuma que me impeça de ficar com pena das mulheres. Ainda mais que tem umas horrorosas, que devem estar desesperadas porque ninguém as contrata, essas aí têm as abordagens mais agressivas, batem no vidro pra chamar a atenção, ficam com as portas entreabertas pra chamar os caras... Gente, é selvagem.
Achei muito legal ver isso. No Rio as oportunidades de pensar nesse assunto sao raras, a gente sempre finge que não vê.


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terça-feira, 16 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 4 - Amsterdam

Ódio profundo

Dia 28.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel

Vou falar pra vcs... Até metade deste dia eu estava com um ódio profundo de Amsterdam. Ratos, supostos ladrões, ladrões verdadeiros... Eu troquei de hostel porque, além dos ratos, na sexta feira o preço ia de 25 euros para 40! Um abuso! No hostel em que eu inicialmente ia ficar, só aumentava de 18 para 21. No quarto com 18 camas. Resolvi pagar pra tomar um café da manhã. Só 2,50, por que não? Devia ter pensado que eles iam explorar isso também. Eram 3 torradinhas de pão de forma, uma fatia de queijo e um ovo cozido, junto com uma xícara de café. Que muquiranas!!!
Pelo menos eles tinham internet sem fio... :P
Fiquei lá, liberando minhas raivas e tristezas pela internet pro pobre do meu namorado, me lamentando que eu teria que ficar naquela cidade horrível por mais dois dias, ainda... Mas já era tarde, nao havia mais nada que eu pudesse fazer. Então tranquei minhas coisas no container que eles faziam de armário (infelizmente não tirei foto) e fui andar pela cidade.
Como eu tinha dito, o meu albergue fica próximo à zona de prostituição de Amsterdam. Que é a capital do sexo da europa. E todo mundo sabe qual a fama de brasileiras na europa. Fiquei muito preocupada ao andar por lá, imaginando que a polícia ia me prender a qualquer momento, né... Porque lá até as prostitutas têm o seu lugar. Elas só podem expor seus produtos em suas janelinhas, indicadas pela tal luz vermelha em cima, por isso se chama distrito da luz vermelha. Os travecos, dizia o guia que eu li no albergue, eram diferenciados por uma luz azul. Mas meu foco no dia era outro. Eu queria ir no museu do Van Gogh, ou no museu da tortura. Fui numa lojinha em que estava escrito: Informações turísticas. "Oi, eu queria uma informação" A mulher foi logo me passando um guia que custava sei-lá-quantos euros. "Não, é só uma pergunta. Você pode me dar uma informação de graça?" E ela: "Pergunta aí, de graça eu vejo o que posso fazer." Já fiquei me perguntando se só as prostitutas ficavam atrás das janelinhas de vidro. Perguntei então como chegava no museu do Van Gogh, ou no da tortura. E a fofa: "Bem, de graça posso te dizer que se vc seguir reto essa rua e virar à direita quando vir uma torre, tem um museu." E eu: "E chegando lá eu descubro qual museu, né?" E ela, com a cara de "rárárá te ferrei". Dei as costas muito fula da vida... E fiz o que a mulher indicou né!
Acabei chegando ao Museu da Tortura. Eu não sei bem o que eu esperava. Tá, eu esperava algo maior. Mas foi legal assim mesmo. É um museu dedicado às torturas realizadas no período medieval. Além de apresentar os instrumentos de tortura, eles apresentavam a história associada ao instrumento, em que situações eles eram usados e por aí ia... Tinha um clima bastante sombrio. Hoje em dia tenho medo de mexer nas fotos, no Photoshop, por pensar que eu posso ter tirado a foto do instrumento e pode aparecer alguma alma atormentada ali... Mas vocês podem ver algumas fotos no meu flickr.
Basicamente foi isso que fiz em Amsterdam, nesse dia. Pra variar, na volta, me perdi e andei por 2 horas a mais, mas isso é bom, acabo conhecendo as cidades. Só que Amsterdam é muito igual. Todas as ruas são muito parecidas, as casas, os canais, as bicicletas... Então fica fácil se perder. E os prédios aqui são muito engraçados! Tem uns muito inclinados pra frente, uns inclinados pra trás. O cara do albergue me disse que esses prédios eram lugares para estocagem de mercadoria, e como as ruas eram canais, os barcos paravam em frente aos predios e as mercadorias eram içadas diretamente para os andares superiores. só que pra ficar mais fácil içar, os prédios eram construídos no seu limite de inclinação, o máximo para que não caíssem, mas que facilitassem o transporte das mercadorias.
Com o passeio, acabei ganhando alguma simpatia por Amsterdam. Fui até uma parte da cidade onde não se concentram fumados e prostitutas, vi que tem pessoas que vivem na cidade hehe E é uma cidade muito bonitinha, com ares de cidade pequena, mas que reúne todo tipo de gente do mundo, com todo tipo de interesse.
Embora eu não estivesse com muita vontade de socializar, acabei ficando no quarto e socializando (não muito) com um carinha que tinha comido uns cogumelos... E estava muito doido! Eu estava achando que o cara ia tomar um estabaco, assim que tentasse levantar de onde estava sentado. E eu na minha cama, no computador. Hehe. E de vez em quando eu zoava o cara, falava com ele, mas nada que fizesse muito sentido, ainda mais pro cara, né! Dali a pouco chegam dois finlandeses, com certeza menores de idade (nos padrões brasileiros, sei lá na Holanda), completamente bêbados... Ficaram os três malucos interagindo e eu pude brincar na Internet, finalmente... hehehe
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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 4 - Amsterdam

Abaixo do nível do mar.

Dia 27.09.07 - Amsterdam - Meeting Point Youth Hostel

Primeiro e antes de tudo: mãe, não tenha um ataque cardíaco, eu sobrevivi!

Adivinhem como eu cheguei em Amsterdam?

éééé

Carona! hehe

Mas nem foi nada extremo... Aqui na Europa esse lance de pegar carona é normal. Eles têm até sites que organizam viagens, as pessoas dizem quando e de onde vão partir e para onde vão e quem se interessar escreve pra eles. Foi isso que eu fiz. Achei uma pessoa indo de Paris para Amsterdam exatamente no dia em que eu queria ir! Escrevi pra ele, combinamos um horário e um lugar, em Paris, e pronto!

Super normal, cheguei lá, tinha mais 3 jovens esperando o Franklin chegar. Foi super tranquilo, o cara tinha até garrafa de água quente pra fazer café instantâneo, era professor da universidade de Amsterdam... Foi uma viagem tranquila, de 6 horas, mais ou menos... A melhor e mais emocionante parte da viagem foi mais ou menos uma hora antes de chegar em Amsterdam. Foi quando eu comecei a pensar numa coisa: qual era mesmo o endereço do albergue? E o nome? Tá. Eu tinha duas informações: O nome, eu achava, era youth worldwide hostel. E ficava perto do Red Light district, o lugar de prostituição de Amsterdam. É, eu também fiquei um pouco preocupada com isso na hora... Então comecei a conversar com um dos meninos, que já havia morado em Amsterdam e ele não fazia idéia de qual ou onde era. Mas ele pelo menos sabia onde era o Red Light District... Ao chegarmos em Amsterdam, o outro dos meninos que estava no carro tinha um mega celular sinistro, tentamos procurar na internet o nome do albergue e aparentemente não existia um com o nome que eu achava que era. Depois de eu alugar muito o cara (isso eram 11 horas da noite, na estação de trem de Amsterdam), inclusive entrar no meu email, conseguimos descobrir o nome do hostel, mas o site deles estava fora do ar... O Emmanuel, o rapaz que tinha morado lá, me ajudou a chegar no Red Light District. Primeira coisa que eu fiz? Procurar uma Internet... Felizmente é Amsterdam e não Paris, as coisas não fecham às 8 da noite! Fui entrar no cyber café... Puuuufffff! entrei em outra dimensão. Era um coffee shop. Traduzindo, um bar especializado em consumo de maconha... Tive que entrar né... Vou te contar... todo mundo com aquele olhar vago, até os caras do bar. Fico imaginando como eles conseguem contabilizar as coisas direito, fazer bebidas, se é que fazem alguma coisa ali além de vender maconha. Mas ao contrário do que muita gente pensa, num é oba-oba em Amsterdam. O consumo de drogas leves (maconha, haxixe) só é permitido dentro dos coffee shops. Ou da sua casa, como queira. Se algum policial te pega fumando ou, pasmem, ingerindo álcool na rua, você é preso. E eles são super certinhos.

Enfim acabei conseguindo o endereço do hotel, era pertinho dali, mas não adiantou nada, já que não tinha vagas. Seguindo a sugestão do cara da recepção, fui pra outro no fim da rua. Posso resumir em uma palavra: sinistro! Achei que o cara do meu quarto estava querendo me roubar, aí juntei minhas coisas preciosas e fiquei numa sala lá, onde tinha um computador com livre acesso à internet. Fiz uma horinha lá, esperando o cara (claro que estava chapadérrimo) dormir. Cheguei no quarto, tudo apagado. Subi pra cama, estava num beliche, dali a pouco comecei a ouvir uns ruídos. Vinham do lixo. Barulho de saco mexendo. Já pensei logo: po, o cara ladrão tá catando algo pra roubar!! Mas então, um roc-roc-roc... Caraca... Roc-roc? Seriam... ratos? Sim, ratos. Ratos! Fiquei tentando ver, na luz ínfima que vinha da janela e vi aquelas silhuetinhas correndo pelo quarto! E minha mochila no chão, minhas botas... Argh! Só esperei amanhecer pra ir procurar outro albergue!!!

Felizmente havia vagas para o dia! E felizmente nada meu tinha sido roído...

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sábado, 6 de outubro de 2007

ó pessoas que vêm aqui e lêem, façam o favor de comentar! senão eu vou ficar achando que ninguém tá lendo! e eu sei que tem um pessoal que passa aqui só pra roubar minhas fotos, tomem vergonha, tá mãe e tia heheheh
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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 3 - França again

Ventos do norte...

Dia 26.09.07 - Rouen - Casa do Silvain

Dia de pequena viagem. Eu vim para Rouen só porque estava vendo um filme (estou há horas tentando lembrar qual) e apareceu uma paisagem SINISTRA na França. Pesquisando, com a ajuda do meu personal french guy, descobri que era a cidade de Etretat, no litoral da Normandia, norte da França. Qual não foi minha surpresa ao des
cobrir que o maior fã da mãe do Lucien morava na capital da Normandia, a apenas 1h e meia desta cidade! Qual não foi minha alegria ao saber que ele tinha aceitado me abrigar pelo tempo que fosse! Uhu! Qual não foi a extensão do meu infarto ao saber que não tinha ônibus ou trem de rouen pra Etretat! Uhu! Claro que deve ter, eu que sou uma analfabeta em francês e não quiseram de dizer, de pirraça ou castigo.
De qualquer maneira, fiquei desolada... Fui pra lá, pra essa cidade interessantííííssima que é Rouen, só pra ir pra Etretat e descubro que tenho que pegar um zilhão de meios de transporte pra chegar lá. "Conversando" com o Silvain (lembrando que ele nao fala português ou inglês), acabei descobrindo uma cidade que ele dizia ser mais bonita que Etretat. Fècamp. Bom, pra não perder a perna da viagem, vamos pra Fècamp! Mas, ó que surpresa, também não tinha ônibus! A moça da empresa devia estar me zoando, todo dia eu ia lá perguntar se tinha ônibus pra um lugar diferente...
Cheguei em Fècamp, de trem, na hora do almoço e ainda meio perdida. O Silvain tinha me dado uma dica de ir na fábrica do Benedictine, um licor de especiarias, lá dos idos dó século XVI. Cheguei na porta, muito interessante, bonito, mas tinha que pagar pra entrar. Pensei: ah, cidade cheia de atrativos naturais... se eu achar tudo muito chato, volto aqui e bebo um licorzinho dos frades beneditinos.
Fui então andando em direção à praia.















Essas fotos, claro, não traduzem o cenário... Lá era demais! O Monet pintou esse lado esquerdo da praia também... Esse cara estava em todas... Andei pelas pedras um pouco, ao pé da falésia (algo que um cartaz dizia bem grande pra não fazer), catei umas pedrinhas pra minha minha mãe e comecei a voltar pra praia.
cartazTinha uma cachoerinha caindo da falésia na praia, tudo muito bonito mesmo. E lá tinha um dizendo que aquela falésia (na foto à direita) era a mais alta da Normandia. Lógico que eu tinha que subir! O problema era que eu não tinha visto como atravessar para o outro lado do rio (que desembocava ali entre os faróis verde e vermelho). Conforme fui chegando no tal rio, fui sentindo que o clima... estava começando a ficar desfavorável. Durante a caminhada fiquei olhando pro horizonte, imaginando que do outro lado daquela água toda estava a Islândia, Finlândia, Noruega... E que esse vento que estava vindo de lá só podia trazer tempo ruim! Eu não estava errada. Quase chegando ao canal, vi a nuvem de chuva. continuei esperançosa e caminhando. Claro que, ao chegar no ponto mais descoberto e onde eu tinha que correr mais pra procurar abrigo, começou a chover. Tive que voltar.. Mas estava no mar, entãor por essa pontezinha sinistra de madeirinha, na chuva e no vento... Foi emocionante... Mais ainda pensar que meu laptop poderia estar todo molhado, bem como minha câmera...

No fim, eu estava molhada, dentro de uma área proibida para estranhos na marina da cidade e tive que voltar pro centro pra atravessar o rio, porque por ali não dava...
Felizmente parou de chover rápido, o céu clareou e consegui atravessar. Tinha uma trilha para subir a falésia, não hesitei. Lá em cima descobri que tinha muito mais falésias e coisas interessantes causadas pela erosão, mas nisso já era quase 5 horas, eu tinha que voltar senão perderia o ônibus... Mas deu tempo de conhecer o exterior da Igreja e ver a vista sensacional.


Lá em cima da falésia tinha essa igreja, Capela de Notre Dame de Salut, construída no século XI (éééé, século NOVEEE) pelo Conde da Normandia, em agradecimento por ter sido salvo de um naufrágio. Com as guerras religiosas, lá nos idos de 1700, ela era alvo de ataques, mas o rei mandou pararem porque os navios usavam a igrejinha como ponto de referência em alto-mar. E hoje o que resta dela são ruínas e, claro, fizeram um puxadinho pra construir um restaurante.



No alto da Igreja fica esta imagem de Nossa Senhora. Como eu estava sozinha lá em cima, naquele tempo cinza e ruínas milenares, correu um certo frio na espinha ao ver aquela imagem dourada olhando direto pra mim. O vitral estava em uma das laterais da igreja, não dá pra ver direito, mas é uma mulher vestida em panos esvoaçantes e cabelos também soltos ao vento. Achei aquilo muito não-medieval, parece bastante influência pagã. Abaixo do vitral, tinha pedras em que os peregrinos de muito antigamente gravavam seus nomes ou deixavam oferendas, muito como nas igrejas de hoje em dia, em que as pessoas fazem os pedidos e depois deixam pernas, braços de parafina, para agradecer suas curas.
Acabei tendo que descer correndo... Mas como viciada doente que eu sou... o ônibus estava aguardando o horário de partida ao lado do McDonalds. No McDonalds, aqui, tem wifi (internet sem fio). Que fiz eu? Abri o laptop lá no fundão do ônibus, que era mais perto do Mc, e fui eu navegar uns minutinhos na net... hehehe

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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 3 - França again

Problema sério...

Dia 25.09.07 - Rouen - Casa do Silvain

Quando a coisa mais interessante que vc fez um dia inteiro durante a sua grande viagem foi tomar banho de banheira... Comece a ficar preocupado...

Nada. Hoje eu comi uma das melhores pizzas do mundo, também.

Rouen, cidade em que mataram, assassinaram, queimaram a Joana D'arc, é isso aí. Tem uma catedral, que o Monet pintou, tem a igreja da Joana, que é do outro lado da rua, e tem a torre onde foi o julgamento da Joana. A única coisa boa daqui é 1. não pagar hospedagem e 2. ser perto de cidades muito interessantes no litoral da Normandia. E... só.

O dono da casa é legal... Mas é difícil a comunicação... Ele só fala francês, blablabla, o mesmo de sempre. Mas ele é esforçado. Hoje fomos na pizzaria. Antes, ele chegou com todo (TODO) o menu da pizzaria traduzido - ele usou um tradutorzinho eletrônico - pra eu escolher a pizza que eu ia querer e não termos problemas na hora.
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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 3 - França again

Oh Happy day...

Dia 24.09.07 - Rouen - Casa do Silvain

Hoje foi um dia ótimo! Cheguei em Paris, de Londres, às 7 da manhà. Depois de muito NÃO conseguir informação sobre ônibus indo pra Rouen, uma cidade ao norte de Paris, acabei descobrindo que só tinha trem (caaaro). Fui pra estação e depois de muito não conseguir informação e muito andar com minhas mochilas de 20kg, consegui comprar a passagem (facada!) e pegar o trem. Corri tanto que não validei o bilhete e ainda fui zoada pelo fiscal do trem! Em francês! Que raiva! Cheguei em Rouen por volta do meio-dia. O amigo da mãe do Lucien, que ia me buscar, o Silvain, só ia me buscar 9 da noite. Uhu! 9 horas de espera! Pelo menos eu podia sair e dar um passeio pela cidade... Era só deixar a mochila no porta-bagagens da estação... Que era eletrônico e não estava funcionando! Ou seja, eu não podia andar pela cidade, não tinha wifi na estação e eu não tinha nada pra fazer! Por 9 horas!

Quando fiquei de saco cheio, fui andar com mochila mesmo... Arranjar um almoço. Morri, claro! Desci uma rua gigante tentando achar uns endereços que o Lucien tinha me passado, internet, lojas de eletrônicos (eu tinha que comprar um adaptador pra tomada do laptop) e sei lá mais o que... Andei muito, demais pra alguém que estava carregando 20 kg. felizmente encontrei um café bonitinho pra almoçar. Comi uma parada muuuuuito boa, um pão no forno com presunto, queijo, foie gras e pera... E eu nem gosto de pera! E ainda, descobri que esse era o café que o Sartre e a Simone de Beauvoir sempre tomavam café... Fiquei inspirada, mas nenhum pensamento existencialista surgiu, eu só pensava que ainda tinha que andar de volta pra estação e esperar mais 4 horas...

Claro que não tem nenhuma foto, porque com o ânimo que eu estava e com o peso todo também...


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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 2 - Inglaterra

O negócio levanta mesmo!

Dia 23.09.07 - Londres - Casa da Dani (ou melhor, do polonês sinistro)

Como eu posso ter esquecido?? Um momento emocionante da viagem foi quando eu e a Dani estávamos passeando pelo Tâmisa (ou melhor, pela margem dele...) e eu marotamente percebi que a Tower bridge, a ponte levadiça, ia levantar (duh) pra um transatlântico passar. Ficamos lá esperando, as duas morrendo de fome e vontade de ir no banheiro, só pra ver a ponte levantar e o barco passar! Valeu a pena, tirei ótimas fotos!





Essa foto mostra parte do transatlântico... Partezinha... Imagino quanto um cruzeiro num treco desses deve custar...














Aqui, a ponte já tinha começado a levantar... Nisso, ficamos vendo de longe o trânsito sendo fechado, os nativos devem ficar irados quando isso acontece!











A ponte totalmente levantada, e a gente na maior expectativa, achando que o barco não ia caber.






O navio passando. Nessa hora deu pra ter uma idéia de quão grande é a ponte. Não cheguei a passar por ela de ônibus, nem a pé.









Nessa hora, momentos de tensão! Um barquinho que foi tentar passar na carona e não deve ter avisado a inguém estava se aproximando, mas a ponte continuou fechando! A gente achando que o barco ia se estraçalhar, mas não teve a menor graça, a ponte parou de descer. Infelizmente não presenciei nenhum desastre ou ataque terrorista na inglaterra. Nem sequer ameaça de bomba no metrô!

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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 2 - Inglaterra

Life is grey

Dia 23.09.07 - Londres - Casa da Dani (ou melhor, do polonês sinistro)

Gente, eu não estava atualizando o blog por um motivo muito simples. Passei todos esses dias na cadeia, em Londres.

Hehe

Mentira. Claro...

Eu não estava escrevendo na época de Londres por que era tudo muito... normal. Londres é muito normal. Quer dizer, parece um lugar em que pessoas normais moram. Ah, difícil explicar. Mas é como se nada de excepcional, que valesse a pena ser contado, tivesse acontecido. Fui num pub, fui no palácio de Buckingham, fui no BigBen... Mas tudo teve aquele ar de "Fui num pub, fui no palácio de Buckingham, fui no Big Ben..." Meio assim, sabem? Nem essa tal de roda gigante, que eles chamam de London Eye, me chamou a atenção. Odeio roda gigante! haha Mas esse é o famoso rio Tâmisa. Como podem ver, um típico dia londrino, com garoa e cinza.

O pub era legal, climão vitoriano... Chamava White Horse. Ficamos lá bebendo nosso half-pint, enquanto um velhinho inglês ficava nos olhando, querendo entrar na conversa... pena pra ele que estávamos falando português, né!

Ah é, alguém veio me perguntar por que eu falo tudo no plural. Fomos, bebemos e tal... É porque eu vim pra Londres e fiquei hospedada na casa da Dani, a mesma que estava comigo em Paris. A casa em si era meio sinistra... Cheia de poloneses estranhos e meio largada, mas era próxima do centro. E próxima dum parque cheeeio de corvos; como eu nunca tinha visto um corvo, foi no mínimo interessante...
E esses ingleses inventam cada nome estranho... A estação mais próxima da casa da Dani era Elephant&Castle. Sei lá por que! Sei que erigiram um shopping center (cujo símbolo era um elefante) em frente ä biblioteca (acho), que tinha um estilo neo-clássico. Deve ser daí...
Então... Fiz muitas compras em Londres, meus primeiros dias foram pesquisando preço de câmera e laptop. Cruel... Mas felizmente comprei-os. Na casa da Dani tinha internet, entáo esses dias todos me conectei por lá. Como assim que eu ficava online vinha um bando de gente falar comigo, eu não conseguia postar no blog!
Mas andei bastante de double-decker, esse ônibus de dois andares. Eles são bastante comuns por aqui, então mais uma vez não foi nenhum evento...



Que mais de bom eu fiz em Londres?

Estava falando do palácio de Buckingham. Bonitinho. Os guardinhas, bonitinhos. Mas mixuruquinha, né? Eu esperava um palacião! Po, Inglaterra e tal... Lá dentro deve ser mais bonito, mas por fora nem me despertou a vontade de entrar. E nem de ver a troca da guarda.

E os parques. Os ingleses devem ser uns tarados por parques. Parque pra todo lado... Fui em alguns, o que eu mais gostei foi o Hyde Park, acho que é o maior. Agora a música Parklife tem mais sentido pra mim. Essa foto aí do lado é lá no Hyde Park, assim que eu acabei de comprar minha câmera!

Mas enfim, londrinos todos horrorosos, londrinas todas esquisitas... Várias pessoas com dentes da frente ultra-cariados... Mas assim, londrinos mesmo, não vi muitos. Vendedores, caixas de supermercado, lixeiros... Todos estrangeiros. Muitos incapazes até de falar a língua. O motorista do ônibus que me trouxe de volta pra Paris era espanhol e não falava inglês. O motorista do ônibus pra Bath era brasileiro... Muitos indianos e paquistaneses e é claro chineses!! O lance da China comprar im'oveis e mandar fam'ilias inteiras de chineses pra trabalhar nesses tais imoveis, seja transformando em pastelarias, restaurantes ou mercadinhos nao deve ser mito. Como no Brasil, muitas lojas de chineses que mal falam a lingua local, muitos com bebês novinhos... Muito sinistro.

Ah, e Bath... Vou fazer um post só pra Bath, porque lá é realmente muito legal! E Greenwich!
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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 2 - Inglaterra

Alguém falou em banho?

Dia 21.09.07 - Londres - Casa da Dani (ou melhor, do polonês sinistro)


Bath é um lugar muuuuito interessante. Uma cidade no meio da Inglaterra, famosa pelos banhos romanos. Sim, banhos romanos, da época da dominação global desse povo. É um lugar realmente singular. Chega-se à cidade, uma rua de pedras iniciada por um enorme arco, dando numa praça na frente da igreja, de 1500 e lá vai fumaça. Ao lado da igreja, os banhos. O mais interessante é a história por trás de tudo. Na época da dominação romana, os caras foram malandros o suficiente pra sincretizar sua deusa minerva e a deusa Sulis, dos celtas. Esta deusa era cultuada porque ali brotavam águas quentes, o que fazia do lugar um terreno sagrado. Para agradar romanos e celtas, perguntaram: "Essa Sulis representa o que? Sabedoria? Opaaa, nossa Minerva também. Vamos fazer um templo pra Sulis Minerva!" E assim começou o marketing, como o conhecemos hoje. Fizeram o templo, os banhos, virou lugar de peregrinação, caiu o império romano, veio a idade média e... construiram uma igreja justamente em cima do templo pagão. Assim começou a censura, como a conhecemos hoje. Sensacional! Ali na cidadezinha pode-se ver toda a história do pensamento e comportamento humanos...
Acima está o banho principal. Eu estava aí, feliz e contente a tirar fotos, quando do nada aparece uma figura, trajando roupas romanas... O indivíduo parou e começou a recitar uma prece em homenagem à deusa Sulis Minerva, agradecendo a presença dos peregrinos, que eles pudessem ser abençoados pelas águas sagradas e que por favor não deixassem seus escravos soltos por aí... Foi bem legal, deu pra entrar no clima =D



E a cidade toda é linda, né... Infelizmente explorei pouco, tinha um rio muito bonito que eu não sabia como acessar, andei, achei um parque (na Inglaterra isso é fácil), mas nada de achar a margem do rio.
Mas foi um passeio deveras interessante, assim mesmo!
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Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 2 - Inglaterra

O mundo é redondo!

Dia 23.09.07 - Londres - Casa da Dani (ou melhor, do polonês sinistro)

Aaaaah, é claro! Esqueci Greenwich!

Mais uma barreira cruzada! Agora já cruzei o Equador, o Meridiano de Greenwich... Só falta a barreira dos 0ºC. Pretendo quebrar essa barreira ainda esse ano! hehe
Essa foto é uma representação do meridiano, onde eles colocaram as principais cidades do mundo, com as suas respectivas longitudes... Eu, como boa brasileira, ignorei a fila quilométrica para tirar foto com o marco que mostra pra onde é o norte e tirei uma foto que mostra o Rio e Brasília. Pensaram que era Rio 40º por causa da temperatura, é? Nossa longitude é quase...

Aí do lado vocês podem ter uma idéia da filona que estava... 100 pessoas tranquilamente, esperando pra tirar foto com esse treco metálico, que aponta pro norte. É legal seguir a setinha e imaginar o pólo norte nem tão longe assim, no meu caso, né...

É engraçado também pensar no meridiano de Greenwich, o meridiano zero. É como se os ingleses tivessem se colocado mesmo no centro do mundo. "Daqui podemos começar a contar os graus. Vamos estabelecer a distância de todos os lugares no mundo com base na Inglaterra." Pensando bem, é uma grande bobagem. Ainda mais se levarmos em conta o fato de ser uma linha *imaginária* que divide o mundo em leste e oeste. Mas agora é o paradigma, então... Fui lá, vi os instrumentos com que o cara determinou o lugar exato do primeiro meridiano, pra falar a verdade nem imagino como ele tenha feito... Sei que era proibido tirar fotos dentro da sala onde tinha os instrumentos. Claro que eu não vi o aviso e tirei essa foto: Até aí, nada... Só que depois que eu tirei, geral começou a tirar... Daqui a pouco vejo um funcionário desesperado dizendo "No photos! No photos!" Ainda bem que eu já tinha guardado a câmera hehe


Enfim, foi um passeio legal ao Royal Observatory. Lá eu descobri a quem devemos culpar pela criação do horário de verão (ou a quem agradecer, praqueles que gostam). Um inglês, claro. Acho que depois dos gregos, que inventaram a matemática, os ingleses foram os que mais inventaram coisas inúteis! hehe Brincadeira. Nos países mais ao norte e ao sul, no verão tem sol até pra mais de 8 da noite. Quando eu cheguei a Paris ainda estava assim, sete e meia e o sol começando a se pôr. Então o horário de verão ajuda a poupar energia. Mais engraçado era o painel contando como o cara pensou nisso. "Oras, só precisamos convencer todo mundo de que 7 horas é, na verdade, 8 horas. Vamos mandar todo mundo adiantar seus relógios, simples." Isso sempre me fez questionar: a realidade é aquilo em que você crê. Ou melhor, aquilo que a gente constrói. Se todo mundo acreditar que é isso, é. Pensando de forma mais absurda, mas mantendo o mesmo raciocínio do horário de verão, se todo mundo começasse a chamar o azul de amarelo e o amarelo de azul, assim seria. Isso é alterar a realidade!
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Eu já falei em deslumbrância?

Dia 16.09.07 - Paris - Casa do Benja

Versailles.

Se eu náo estivesse contando coisas pra vcs, eu nem precisaria falar mais nada, porque só o nome me traz memórias que eu nunca vou esquecer... (tá, Lucien, pode rir)

Cara, o Luis XIV era um cara que sabia como viver. Deve ter sido legal ser ele, até os outros caras lá tomarem o poder e decapitarem o pobre, né. Pobre nào. Rico. Ziliardário. Quem tiver oportunidade, vai no google earth e procura Château de Versailles. O lugar é gigante. É uma cidade inteira. Tem um prédio de 3 andares que ocupa um quarteirão inteiro no qual só os empregados moravam. O castelo, à primeira vista, é grande. Mas as segundas, terceiras, quartas só acrescentam, em tamanho e beleza... O lugar é SINISTRO! Nem entramos, tinha que pagar 11 euros. Fomos aos jardins, onde ficam as fontes. Fomos também nas terras da Maria Antonieta, que sáo uma parte de Versailles. São jardins maravilhosos... E a todo tempo eu pensava como era fazer parte da corte e viver num lugar daquele. Fiquei me imaginando com aqueles espartilhos e milhares de saias, com uma sombrinha, chegando à janela e pensando "Faz uma bela manhã de sol hoje, acho que vou dar um passeio pelos jardins..."
Pra vcs terem uma ideia, levamos duas horas pra ir da entrada ao canal central e de volta, excetuando a meia hora que andamos de barquinho pelo tal canal. E olha que não andamos até o final. Nem perto. E nem passamos por todos os sub-jardins do jardim.
Em uma palavra, apoteótico. Como eu e a Dani comentamos, nada mais "Voilà" que aquilo. Sim, porque tudo em Paris é assim. Você anda por uma rua e Voilà!, uma igreja medieval. Vira a esquina e Voilà!, um arco gigante no meio da avenida principal... Parece que tudo lá foi feito pra impressionar, e o castelo de Versailles parece ser o ápice disso.
Deve ser por isso que todo francês é blasè. Você olha no metrô e todo mundo com aquela cara lambida. Pra náo morrer de ataque estético, eles devem criar essa proteção...
Fizemos pic nic no gramado, andamos de barquinho... Foi espetacular, o dia estava ensolarado, genial!
O chato foi eles venderem pra gente ingresso para os jardins com direito a show. Quando vimos o tal do show... Simplesmente as fontes eram ligadas. Show das águas, com direito a umas musicas tocando... Era até legal, mas show? hm... um pouco demais.
De lá, pegamos o trem de volta, enfrentando as duas horas, quase, de viagem. Ainda tivemos pique de visitar a catedral de Notre Dame. No caminho da estação à catedral, vários artistas de rua, tocando pianinho e cantando... Infelizmente a última fila para visitar o telhado da catedral fechou exatamente na nossa vez. Deu pra conhecermos o interior, que também é Voilà! Enorme, sombrio, bem no clima opressor da Idade Média. Fazer o fiel se sentir esmagado pelo tamanho de Deus e humilhado em sua pequeneza...

E aí vocês me perguntam: e o gato? Passamos o dia inteiro tentando náo pensar nele. Mas toda hora surgia um comentário... "Gente, será que o gato voltou?"
Pois então... chegamos ao apartamento, abrimos o portão da rua... E lá estava o bicho! No meio do pátio! Olhei aquilo ali, saí gritando e pulando "Gaaaaaaaaaatiiiiiiiiinho!" O bicho saiu correndo assustado... Aí parei né... Vai que ele foge de vez. Felizmente ele devia estar com fome demais e náo fugiu. Subiu conosco e lá o trancamos para que não pudesse mais sair... (mas isso é a história de amanhã)
posted by Jux at 08:24 0 comments

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Deslumbrância!

Dia 15.09.07 - Paris - Casa do Benja

Fui dormir mega-tarde ontem. Eu assumo. Sou mesmo viciada em internet.

Minha mãe deve ter sorrido ao ler isso! hahah

Mas não, acho que não é internet. É no meu namorado. Tenho tentado conectar todo segundo disponível pra falar com ele... Ti romântico!
Mas poxa, tem sido estressante não falar nada de francês. Já sinto falta dele, saber que ele poderia estar me ajudando aqui ele fala, pra quem ainda não deduziu) só piora...

Mas então, aventuras do dia! Hoje a chefe da dani chegou a Paris. Decidimos, já que o dia estava nublado, não subir a Torre Eiffel. Íamos direto ao Louvre. Como era "perto" da casa do Benja, fomos andando. Mal sabíamos que isso condenaria nosso passeio... Depois de algum tempo andando e a tentativa frustrada de comprar uma câmera, chegamos ao museu. E, havia dito, era embasbacante! Por fora você tem uma idéia da loucura que é aquilo. É enorme! como eu jáE é sinistramente lindo! Eu sou suspeita pra falar, sou viciada em estilo neo-clássico... Mas o tamanho da estrutura e pensar que ali dentro estão algumas das maiores obras de arte da história do mundo ocidental... É no mínimo impressionante. As salas são majestosas, com afrescos maravilhosos, muito rococó, tia Marcia vai amar! Além disso, tem as obras. É bobo ficar descrevendo, entáo vou é falar mal. Acho que eles podiam ter um trabalho melhor de descrição das obras. Só a Monalisa, a Vênus e a Vitória têm legendas explicativas em francês, inglês e espanhol. O resto das obras tinha só nome, idade, local, essas coisas básicas. Quer dizer, uma coisa que achei legal foi um quadro gigante ensinando a ler hieróglifos. Não exatamente, mas ajudava a entender como eles escreviam e como os símbolos adquiriam sentido. Visitas guiadas devem ser interessantíssimas... Eu mesma peguei carona em duas hehe
Por falar niss, por 5 euros você pode alugar a "visita do código da Vinci". Um walk man com um passeio temático narrado pelo Jean Reno, relacionando tudo ao livro... Espertinhos...
Chegou uma hora em que cansamos mesmo. Resolvemos fazer um tour relâmpago, passando pelas obras mais famosas.
Tendo eliminado o Louvre da lista de afazeres, resolvemos almoçar. Olha, peregrinamos mais um pouco. Além de náo achar lugar barato e legal, a dani entrou numa de procurar um lugar que vendesse café. Mas os preços estavam a 4 euros. E isso era caro demais pra ela. Andamos tanto... tanto... que dava pra ter visto tudo que vimos no Louvre de novo. E não achamos café nenhum. Por fim decidimos comer no mesmo lugar do dia anterior. Mas... estava passando jogo de rugby, entáo tinha um monte daqueles trogloditas, lembram? Fomos pro restaurantezinho do lado. Dessa vez, náo quis arriscar. Pedi um spaguetti bolognesa. Hehe.
Estávamos degustando nosso almoço, quando começamos a ouvir um TUNTZ TUNTZ TUNTZ... E a rua estava cheia, começou a ficar mais... Dali a pouco, EEEEEEEEEEE e mais TUNTZ TUNTZ TUNTZ e pessoas pra todos os lados... Fomos descobrir que estava tendo uma parada em homenagem à música eletrônica. Combina bem com o programa da manhã... Só um pessoal super normal, mas estávamos cansadas demais para nos juntarmos... Acabamos indo pra casa do Benja. Foi chegar e apagar. Isso às seis da tarde.
Ao acordarmos, tentamos fazer compras, mas as coisas sào difíceis por aqui... tudo fecha cedo, 20h já está tudo fechado!!!

E eu nem contei a melhor parte do dia... Quando a Dani foi buscar a chefe na estação, veio me acordar e perguntar: "O gato tá querendo sair... Eu deixo?" E eu, que nunca acordo, achei isso uma boa idéia. Passamos o nosso dia, felizes e contentes (ou nem tanto...). Ao voltar, nada do gato. Dali a pouco, ouvimos um miado pela janela. Opa, ele voltou! Foi lá a Dani abrir o portão de baixo pro gato. Segundos depois, eu a ouço pelas escadas: "Sobe, gato, anda..." Quando eu vou olhar, ela tá lá dando um apoio moral pro gato hesitante subir pro apê. E eu notando que tinha algo errado... O gato do Benja tinha as patinhas brancas... "Dani, esse gato é outro! Num é o gato daqui náo!" Ela entrou, trancamos o gato do lado de fora... Mas quem disse que ele ia embora? Abri a porta pra checar... Tava lá o gato, fazendo Hsssst pra mim... >_< Fingimos que náo era com a gente e largamos o pobre lá, porque estávamos com medo de que ele nos atacasse! Até que a brava Nicola, a chefe da Dani, nos salvou, abriu a porta de baixo pro gato e ele se foi... Agora, pergunta se o gato de verdade voltou?
posted by Jux at 08:04 0 comments

Jux Adventures presents: Jux in Europe - part 1 - França

Acima das nuvens e além

Dia 13.09.07 - Paris - Aloha hostel

Acho que a parte mais interessante do dia foi o povo aplaudindo quando o avião parou. O voo foi tranquilo, mas tudo o que disseram é verdade: classe economica é um horror. E olha que não sentou ninguém do meu lado, então pude me esticar. Vi filminhos, pouca turbulencia (soh teve mesmo quando fomos atravessar a "camada estufa", a nuvem de poluição) jà em Paris. E o mais bonitinho: o avião parando e, do lado, uma famìlia de lebres... nhoooo! Nessa hora, bateu o medo. Ninguém vai falar ingles, vão todos me odiar, bateu o desespero... Aì, primeira tentativa de contato com os nativos, ainda no aeroporto, atendente que fala ingles. A mulher da imigração fala alemão comigo. O cara que vende cartão telefonico arranha no portugues! Oras... Ate a hora em que peguei o trem e o condutor falou sei la o que em francês. Ai eu gelei... So entendi o "...até Paris". Até Paris o que? Não vai ,ais até Paris? Ja era... Mas o que eu ia fazer? Fiquei! Sentada, com uma mochila GIGANTE, ocupando quase dois lugares. Mas quem disse que os franceses ligam? Me espremeram no canto e pronto! Mas pra eu sair, me vinguei... Todo mundo teve que levantar, uma empurrava minha mochila, outro puxava... Isso tudo e eu nem sabia falar "Com licença?" E depois fiquei com vergonha de falar "Merci"... até entao, todos os franceses muito solìcitos, a unica mal educada era eu. Alias, observaçao do cara do Hostel, ao ver minha foto do passaporte: "Nossa, foto muito seria para uma brasileira!"
Fiquei batendo papo com o cara da recepçao por um tempao. Um frances chamado Rashid, namorava uma brasileira. Foi com ele a primeira gafe da viagem. Vira ele e fala: "Hm, agora posso tomar meu café da manha" (às 8 da noite). Diante da minha cara de "Hein?", ele pergunta: "Ta ouvindo isso?" Eu, muito perspicaz, noto vozes saindo de uma caixa de som. "Essa musiquinha? Uhum." Ao que Rashid responde:"Nao é musiquinha. Ha-ha. Para um muçulmano isso é o momento em que ele pode terminar o jejum." >_<
Nossa, e a melhor: Paris esta cheia de hooligans trogloditas. A cidade esta sendo a sede do campeonato mundial de rugby! O Hostel esta cheio de torcedores. Eu tava descendo a escada, fui parada por dois caras que queriam porque queriam me convencer a torcer pra Africa do Sul. Acabaram conseguindo; eventualmente, porque eu ja nao aguentava mais os malas.
Agora eu estava pensando em andar ate a Torre Eiffel, aqui do lado, mas estou com sono demais... Vou dormir mesmo, depois do meu maravilhoso miojo de jantar.
Melhor noticia: nao vou ter que pagar Hostel, consegui um apartamento vazio do amigo do meu namorado! UHU!
E caraca, ja conheci dois brasileiros! Que praga!
posted by Jux at 08:02 0 comments